Não é preciso ter uma altura mínima para ser comissário de bordo, mas é necessário ter mais do que 18 anos. Além disso, é possível ganhar mais do que R$ 10 mil por mês, porém a média é de R$ 5 mil. No entanto, há coisas que você ainda não sabe sobre a profissão.
Por exemplo, quais são as etapas para se formar e ser um comissário de bordo? O caminho pode ser mais denso e longo do que você pensa. Por outro lado, uma grande maioria dos formados nesse curso não se arrependem. Entenda quais são todos os passos da profissão.
O que você ainda não sabe da profissão
Há muitas curiosidades que existem acerca da profissão do comissário de bordo. O que se sabe, no fim das contas, é que ele ganha bem, certo? E como o salário é alto, isso atrai muitos jovens. Vale dizer que, esse é um tipo de profissão para quem gosta de dinâmica.
Mas, você saberia dizer qual é o passo a passo para se tornar um comissário de bordo? Tem muita gente que fala que tem um curso, né? Mas, esse curso envolve partes teóricas e práticas, além de certificados e o exame da Anac. A gente vai detalhar tudo isso abaixo.
Só que antes de falar dessas etapas, a gente vai comentar sobre o mercado de trabalho, considerando a expectativa da profissão e o salário. Vamos nessa!
Comissário de bordo, comissário de voo e aeromoça
Só para contextualizar, vamos definir as diferenças dos termos antes de começarmos, ok? O comissário de bordo é o mesmo que o comissário de voo, sendo então, termos que descrevem o mesmo profissional.
Já a aeromoça é um termo cultural usando para chamar o comissário de bordo que é do gênero feminino, ou seja, também é a mesma profissão. Hoje, fala-se mais em comissária de voo ou de bordo e ponto.
Em alguns países, também é comum falar em assistente de voo ou até mesmo hospedeira do ar, sendo que se tratam do mesmo profissional e tudo mais que vamos mencionar abaixo.
A expectativa da profissão do comissário de bordo
A expectativa varia muito conforme as companhias aéreas. Só que, de um modo geral, dá para considerar que a valorização vem com o tempo de trabalho. Logo, quem está a mais tempo na empresa tende a ter mais chance de “salários mais altos”.
Fora isso, há vantagens na hora de receber mais benefícios ou poder agendar as férias e até mesmo folgar em feriados, quem sabe. O fato é que os recém-contratados iniciam em aviões como Airbus A320, A319, Boeing 737 e Embraer 195.
Mais tarde, eles podem até ser promovidos a chefes de cabine ou serem chamados para operar em voos de longo curso, como em aeronaves wide-body, como o Airbus A330, o A350, o Boeing B777 e o B767.
Quanto ganha um comissário de bordo
A questão do salário é uma das que mais o maior peso para os interessados na profissão e isso pode variar muito, viu. O motivo que essa remuneração poderá ser definida com base no tempo de empresa, na quantidade de horas voando, nos adicionais noturnos, etc.
Até mesmo com relação a função, isso porque um comissário de bordo pode ser auxiliar ou chefe de cabine também. De todo modo, se a gente usar o site Glassdoor como exemplo a gente vê que a média fica em R$ 5 mil mensais.
Na verdade, o site define muito bem as companhias aéreas do Brasil. Assim, a Latam é a que paga melhor aos comissórios de bordo, com salários de R$ 6.349 na média. E a Azul é a que paga menos, sendo uma média de R$ 4.244. A Gol paga em torno de R$ 5 mil mesmo.
O que faz um comissário de bordo
Esse profissional é aquele que vai servir a água, o café e o refrigerante. Porém, a função vai muito além disso e acaba sendo um verdadeiro mistério para muita gente. Na verdade, saiba que ele é um agente de segurança dos aviões.
Por isso, a principal função dele é garantir o bem-estar, a segurança, o conforto e a ordem dentro de uma aeronave e considerando todos os tripulantes. Uma boa parte dos comissários nunca passaram por momentos de emergência. Porém, há milhões de casos assim no mundo.
Então, além de servir as comidas e bebidas, ele também auxilia nas disposições das bagagens, transmite as informações de segurança, atende aos pedidos dos tripulantes e tem que estar pronto para os momentos de desesperos ou pânico.
Quem pode ser comissário de bordo
Entre os requisitos para seguir essa carreira está o curso de comissório de bordo, que tem que ser aprovado pela Anac – Agência Nacional de Aviação Civil. Os cursos podem ser feitos por pessoas que completaram o ensino médio e possuem mais de 18 anos.
Hoje em dia não é tão raro encontrar escolas que ofertam tal curso e isso vale para as modalidades presenciais e também para as semipresenciais.
Ao longo do estudo, o aluno passa por exames médicos que comprovem a capacidade física e psicológica, fundamentais para o exercício da profissão. O documento emitido é o Certificado Médico Aeronáutico (CMA) e ele custa em torno de R$ 500.
As etapas do curso de comissário de bordo
A parte do curso fica dividida entre a teoria e a prática. O curso teórico é mais barato e pode custar até R$ 1,3 mil na média mensal, com duração de 6 meses. Já a parte prática pode durar entre 24 e 48 horas, sendo que exige resistência física e mais R$ 500.
Nas aulas teóricas, o aluno vai aprender sobre “conhecimentos gerais sobre as aeronaves”, “a regulamentação da profissão do aeronauta”, “os primeiros socorros e a saúde”, “emergência, sobrevivência e segurança”.
Já na parte prática, a gente tem o treinamento na selva. Nessa hora, o aluno já tem o CMA em mãos e passam por situações de emergência na mata e no mar, a fim de imitar os casos reais. Eles usam técnicas de sobrevivência, como primeiros socorros, alimento, água, fogueiras, etc.
O exame da Anac
Ele também é chamado de “banca da Anac” e nada mais é do que uma espécie de OAB dos advogados. Ou seja, uma prova teórica que vai comprovar o conhecimento do aluno. Somente após passar nessa prova é que dá para começar a procurar emprego de comissário de bordo.
A prova é feita com 20 questões de cada disciplina, o que dá 80 no total. Elas são de múltiplas escolhas e o candidato deve acertar ao menos 70% de cada módulo. Após a conclusão, ele recebe o Certificado de Conhecimento Teórico (CCT).
É o CCT que vai dizer que o aluno está pronto para atuar no mercado de trabalho. Ah, o exame da Anac tem um custo de R$ 280. E se ele não for aprovado, ele pode refazer a prova apenas da matéria que foi reprovado. E não há limites de tentativas.
O treinamento para o trabalho
Seguindo todos os passos que indicamos aqui, da prova teórica até o exame da Anac, saiba que após isso, o interessado pode ser contratado por uma companhia aérea – abaixo, vamos mostrar como fazer isso. Só que antes de começar a trabalhar, ele tem o treinamento.
Esse treinamento é para mostrar como o profissional deverá executar as suas funções com base no modelo do avião que vai atuar. Isso porque podem existir equipamentos exclusivos e que exigem conhecimento dos funcionários, por exemplo.
É comum que esse tipo de treino dure entre 40 dias e 60 dias. Depois, vem a prova prática e se for aprovado, ele recebe mais um certificado, dessa vez o Certificado de Habilitação Técnica. Aí sim, ele estará pronto para voar. Esse treinamento não tem custo.
A importância do segundo idioma
A gente também não pode deixar de falar que ter um segundo idioma, de modo fluente, é bastante importante porque é um requisito para a contratação em empresas de aviação.
Geralmente, opta-se pelo inglês, que é a língua mais falada no mundo. E saiba que o teste pode ser uma conversa informal com algum gestor da companhia ou até mesmo o famoso ICAO, que é usado para os pilotos comerciais.
Já chegando ao fim do texto, a gente não tem outra saída a fazer uma reflexão sobre a profissão. Afinal, como todas as outras, ela possui os pontos positivos e os negativos. E é fazendo essa conta que você vai saber se é uma boa ideia para você.
Comissário de bordo é uma profissão para você?
Basicamente, do lado bom a gente tem a realização do sonho da profissão, a oportunidade de estar em lugares diferentes, conhecer pessoas o tempo todo, viajar muito, acessar tarifas mais baratas, ter carteira assinada com todos os benefícios do contrato de trabalho.
Já do lado negativo, não podemos negar que é uma profissão que pode exigir pouca flexibilidade de horários do profissional. Assim, ele pode ficar até semanas longe de casa e perder eventos como aniversários. E trocar o dia pela noite pode ser bem comum.