Após assistir séries de TV, da Netflix, da Amazon e de outros serviços de streaming, muitas pessoas começam a se perguntar sobre a área da Ciência Forense. Será que esse tipo de trabalho investigativo acontece apenas nas histórias da ficção?
A verdade é que tem muita gente focada em seguir essa carreira devido as características do trabalho, que são bem interessantes. E outra coisa é que os salários costumam agradar muito. Ah, só uma coisa: talvez a profissão não seja tão emocionante como na ficção, ok?
O que é a ciência forense?
Estamos diante de uma ciência que envolve técnicas, métodos e o conhecimento cientifico aplicado na busca pelas soluções de crimes. Sim, a profissão está mesmo ligada a crimes o tempo todo.
Em tempos mais antigos, aliás, ela levava em conta alguns métodos menos modernos, que hoje em dia já não são mais aceitos, como as confissões e dos testemunhos. A partir do século XVI, a ciência se padroniza e em 1909 cria-se a primeira escola de ciência forense do mundo.
De lá para cá, muitas mudanças foram incrementadas nessa ciência. Por exemplo, hoje em dia é possível usar uma série de tecnologia e inovação em favor do estudo. Por isso, as técnicas também se modernizaram e somente cientistas qualificados ganham dinheiro com ela.
Quais as áreas da ciência forense?
Antes de prosseguir, também é importante saber que a ciência forense não tem uma única área de atuação. Os profissionais podem ser especializar nelas. Assim como há advogados criminalistas ou tributários também há cientistas forenses de diferentes áreas.
As principais delas são: toxicologia, podologia, patologia, optometria, odontologia, linguística, geologia, entomologia, engenharia, análise de DNA, botânica, arqueologia, antropologia, forense digital e a criminalística, que é a mais conhecida de todas.
É a partir disso que dá para entender melhor o que faz um cientista forense. Dependendo da área, ele pode atuar em várias funções. Mas, no geral, é quem fica por trás de descobertas que vem de dados e evidências expostas em crimes.
Como se tornar um cientista forense?
É preciso estudar muito, como se imagina. Agora, sobre a formação acadêmica, saiba que essa ciência permite profissionais de diversas áreas, sendo que existem os que são médicos, os fotógrafos, os farmacêuticos, os engenheiros, os químicos e por aí vai.
Isso deixa claro que, ao menos no Brasil, a ciência forense entra como especialização, que deve ser feita após a graduação. Sendo assim, o profissional vai poder seguir a carreira com base no que estudou. Aliás, para trabalhar na área, geralmente, é preciso passar no concurso público.
A boa notícia é que atualmente existem algumas bolsas de pós-graduação disponíveis e que se encontra na internet, especialmente no site do Educa Mais Brasil. Vamos falar de alguns deles no próximo tópico para você entender mais sobre isso.
Os cursos de pós-graduação de ciência forense
Atualmente, dependendo da área de atuação da pessoa, dá para escolher uma das pós que existem disponíveis. Por exemplo, tem a computação forense, que é para quem é formado na área da tecnologia. Tem a fisioterapia forense, focada na biomecânica ocupacional.
Tem também a psicologia forense, a química forense, a linguística forense, a fonoaudiologia forense. Esses são alguns dos cursos que possuem descontos ou bolsas e estão disponíveis no Educa Mais Brasil. Agora, há ainda outras alternativas também.
Mas, e o técnico em ciência forense?
Para quem não tem formação em alguma área, a ideia da pós não é interessante. Nesse caso, vem a segunda opção que, inclusive, está no título do texto. Ela tem a ver com o curso técnico de ciência forense. Atualmente, ele chama “investigação forense e perícia criminal”.
É uma graduação de nível tecnológico, que dura 3 anos e forma pessoas para atuar na área. O curso é oferecido por algumas faculdades e tem aulas teóricas, presenciais ou a distância. Esse tipo de estudo envolve várias áreas, como do direito, da medicina, da psicologia, etc.
Depois do curso, aí sim dá para disputar a vaga de um servidor público, atuante como perito criminal. Eles podem trabalhar em Institutos de Criminalística, Perícia e Identificação, que faz parte dos estados brasileiros ou em órgãos da Polícia Científica.
Os requisitos do edital do concurso público
A gente não pode pular esse tópico porque existem alguns editais que não consideram o curso tecnólogo como requisito para quem quer ocupar a vaga de perito criminal. Nesse caso, a obrigação está em ter uma graduação em áreas como química ou biomedicina, entre outras.
Tudo vai depender da vaga que é ofertada e de quem organiza o concurso. De todo modo, após as provas dos concursos públicos, os selecionados ainda devem fazer um novo curso, agora de 5 meses, que é uma espécie de especialização para começarem a trabalhar.
Como falamos acima, um dos diferenciais costuma ser o salário, já que um perito criminal começa a vida ganhando mais do que R$ 11 mil aqui no Brasil. No entanto, diferente do que a gente vê na TV, as vagas são bem escassas e quando surgem, super disputadas.
Quando vai sair um novo concurso para perito criminal
Os sites de concursos públicos não cansam em dizer que já passou da hora de um concurso como esse ser lançado. Por isso, há uma grande expectativa de que isso aconteça os próximos meses ou anos. Isso porque há uma defasagem de mais de 330 vagas.
Assim, os estados que já anunciaram uma agilidade nos processos de editais são: Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Ceará, Sergipe e Roraima. A expectativa é que a atualização dos salários eleve eles para mais de R$ 16 mil no mês.
As vagas abertas, no entanto, não vão contemplar apenas o perito criminal, mas também o perito legista e perito técnico de polícia civil.
E o que faz o perito criminal?
A gente falou desse profissional, mas não explicamos exatamente a atuação dele. Será que é como nos filmes e nas séries? Em partes, sim. Por exemplo, o fato de precisar ter um ótimo “estômago” e um ótimo “psicológico” é totalmente verdadeiro.
Isso porque as cenas do cotidiano são bem assustadoras e nesse caso não dá para virar o rosto para o lado. Assim, há ainda a questão da responsabilidade, que é muito grande, onde um erro na perícia pode custar a inocência de uma pessoa.
Assim, a gente chega no fim do texto. Porém, para quem está gostando do assunto, saiba que teremos aqui mais alguns pequenos tópicos que vão contar mais dessa profissão. Falaremos sobre a remuneração, o dinamismo da profissão e um resumo de tudo o que foi dito.
O dinamismo da profissão
Se você é alguém que assistiu CSI ou qualquer outra série que tenha um profissional ligado nessa área, saiba que esse “êxtase” que você pode estar sentindo realmente faz jus ao trabalho do cientista forense.
Independente do ramo dele, a ideia é que foque em ajudar outros estudiosos a encontrarem uma resposta para os casos de crimes mais complicados ou mesmo bizarros do mundo. Por isso, fala-se muito em multidisciplinaridade, que nada mais é do que unir várias áreas.
Só para citar algumas das tarefas desse profissional, considere: reunião de provas, de dados, de evidências. Produção de provas materiais, de laudos. Apresentação e defesa das provas. E tudo isso deve ser feito diretamente para policiais e em processos judiciais, com juízes.
A remuneração da ciência forense
A gente falou sobre ganhar mais do que R$ 11 mil como perito criminal no Brasil. No entanto, considere que em outras funções e para cargos iniciais, para quem ainda não tem experiência, o salário pode ser um pouco menor, a partir de R$ 8 mil.
Agora, ainda assim, é um valor alto. Além disso, dá para considerar que estamos usando como métrica os últimos concursos que foram abertos e para a esfera federal ou civil. Além do que avaliamos ainda sites de vagas de emprego, que costumam mencionar os salários.
O resumo da ópera
E se a gente pudesse resumir tudo em algumas linhas, considere que temos a ciência forense como profissão que realmente existe. Porém, ocupar esse cargo não é fácil e o caminho mais direto é através de uma pós-graduação na área e o concurso público.
Quanto ao trabalho, ele é muito dinâmico e tem uma responsabilidade muito grande, o que exige controle emocional, psicológico e até mesmo físico. Por último, saiba que de fato a remuneração é muito boa, partindo de R$ 11 mil e podendo passar dos R$ 20 mil ao mês.
As melhores séries para entender mais da ciência forense
Agora, para terminar de vez o texto, se você gostou do tema, mas ainda não viu uma das séries sobre esse assunto, considere que vamos deixar aqui algumas das melhores indicações. Curtam aí!
Dexter é sobre um especialista forense. E psicopata também. Tem a CSI, que é sobre um grupo de cientistas da criminalística da Polícia de Las Vegas. Sherlock é um clássico. Lie To Me é sobre cientistas do comportamento. E Criminal Minds narra sobre detetives que estudam evidências.
