Índice de desemprego no Uruguai é o maior em 12 anos

Em busca de construir uma nova história com uma oportunidade de emprego em um novo país, o Uruguai se tornou o destino de muitos brasileiros. Com os postos de trabalho ofertados no Brasil em redução, a saída acaba sendo tentar a vida em outros lugares.

Mas, pode ser que este país vizinho não seja uma boa alternativa neste sentido. Tratando-se de mercado de trabalho, a situação do Uruguai não anda muito bem. Nos últimos 12 anos, em 2019 o país registrou o seu maior índice de desemprego.

Uruguai
Foto: (reprodução/internet)

Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a situação do mercado no sudeste da América do Sul.

Marca negativa é histórica no Uruguai

Em apenas 1 ano, cerca de 15 mil funcionários foram demitidos das companhias uruguaias. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística do país, essa queda provocou um aumento no índice de desemprego para 9,8%.

Apenas nos dados colhidos neste segundo semestre, o percentual já indica 8,9% de desempregados no país. Esse resultado para o período é o pior verificado nos últimos 12 anos. Em 2017, no entanto, o ano também foi mal na análise. Na época, a taxa chegou a ultrapassar os 10%.

Com os resultados em números percentuais, é possível observar que em quantidade o número de desempregados já é superior aos 190 mil. Danilo Astori, que é o Ministro da Economia do Uruguai afirma que o maior problema econômico em seu país é justamente o emprego.

Fazendo fronteira com o sul do Brasil, o Uruguai é uma nação sem grandes proporções territoriais. Atualmente, são estimados cerca de 3,5 milhões de habitantes, valor quase 4 vezes menor que o que está presente na cidade de São Paulo. A marca registrada dos uruguaios é a estabilidade política e social, que, pelo visto, está um pouco abalada.

Paralelamente, é analisada a taxa de emprego no mês de junho. Esse outro índice acaba confirmando o primeiro, mostrando o menor desde 2006. A baixa foi para apenas 55,3% de empregados no país.

Quando comparado este valor ao que estava vigente em junho do ano passado, é possível observar uma queda de 1,7 ponto percentual. Houve variação na taxa durante o segundo trimestre deste ano também. Para abril, maio e junho a diferença foi de 16,6%, dos quais 48,3% indicam mulheres empregadas enquanto 64,9% são de homens.

As idades que possuem maior dificuldade

Analisando além do gênero, foi possível identificar que os jovens que possuem entre 14 e 24 anos são os que possuem mais dificuldade para conseguir uma vaga efetiva em uma empresa. Além deles, os idosos que têm idade superior aos 60 anos também encontram dificuldades.

Considerando a primeira categoria, a dos jovens, 47,4% dos homens nessa faixa conseguiram uma oportunidade de trabalho. Enquanto isso, apenas 35,4% das mulheres se destacou e conseguiu entrar no mercado.

Entre a parte economicamente ativa da população do Uruguai, que está entre os 25 e 60 anos, 93% dos homens trabalham, seguidos por 78% das mulheres.

O país vizinho ainda está um passo à frente

Apesar de toda essa realidade negativa no Uruguai, a situação de lá é melhor do que a nossa. Nos últimos dados levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, o desemprego no Brasil está em 12%.

Mesmo estando em queda, com a última redução de 0,7%, o Uruguai ainda passa na nossa frente. No entanto, isso só acontece devido à sua população infinitamente menor que a brasileira.