Na hora de escolher uma empresa para enviar o currículo e se candidatar para o trabalho, o que muitas pessoas fazem é procurar sobre tal companhia. Afinal, ninguém quer estar dentro de uma empresa que vai trazer problemas, independentemente de quais sejam. Concorda?
Desse modo, uma referência que a gente tem no mercado é um ranking global, que é chamado de GPTW. Ele indica quais são as melhores empresas para trabalhar através de pesquisas, estudos e publicações que são divulgadas anualmente. Abaixo você conhecerá mais do GPTW.
O que é o ranking GPTW
GPTW é a sigla para Great Place to Work. E a ideia do ranking é identificar as melhores empresas para trabalhar, exatamente como diz a sigla. O resultado é colocado em uma espécie de documento mundial, a “World Best Workplaces”. E tem a versão nacional também.
Uma curiosidade é que a lista pode ser classificada em várias categorias, como “Mulher”, “Varejo”, “Hotelaria”, “Agro”, entre outras. Continue lendo que a gente vai contar como nasceu a ideia do GPTW, quem pode participar, quem são os atuais representantes e mais.
O trabalho da GPTW teve início da década de 1980, com o nome de Robert Levering, um jornalista que fazia temas relacionados ao trabalho e os conflitos gerados entre empresas-funcionários. Ele foi convidado para escrever um livro sobre isso.
Mais sobre como tudo começou
Na verdade, a ideia era ajudar a montar um ranking com as melhores empresas para trabalhar nos Estados Unidos. A resposta foi rápida: “não”. Ele não topou participar porque dizia que era impossível escrever sobre as melhores empresas para trabalhar porque elas não existiam.
Ao menos, não na perspectiva dos funcionários. Na época, ele sugeriu o contrário: um livro com as piores empresas para trabalhar. Afinal, aí sim ele teria um monte de respostas para dar, inclusive, com exemplos práticos do dia a dia.
Seguindo em frente
Decepcionado com o fato de que poderia ser processado pelas empresas, se falasse que elas eram péssimas para trabalhar, ele foi mudando de ideia e, mais tarde, topou o projeto inicial. Assim, disse que faria à sua moda, entrevistando funcionários “in loco”.
Ou seja, de forma confidencial, sem que as empresas soubessem ou preparassem os funcionários para dar respostas prontas. Foi assim que ele encontrou muita gente falando que odiava a empresa em que trabalhava, o que já era esperado.
No entanto, o que não era esperado e surpreendeu o Robert é que também haviam pessoas que amavam aqueles lugares de trabalho, seja pelo ambiente ou outros motivos. E essa descoberta fez com que ele montasse um pequeno escritório.
Os primeiros passos
Nesse pequeno escritório, que só tinha uma única, Robert passou a dedicar todo o seu tempo ao novo trabalho, de entrevistar funcionários. Junto com a esposa, ele se aprofundou no tema. E o escritório ganhou o nome de Great Place to Work.
O resultado é que ele concluiu que há sim ótimas empresas para trabalhar. Depois, descobriu também que qualquer empresa, em qualquer lugar, de qualquer tamanho e em qualquer época pode se tornar uma excelente empresa para trabalhar mudando conceitos.
Quais os critérios para criação do ranking
A GPTW diz que os critérios para que se crie essa listagem é premiar as 25 melhores empresas multinacionais de vários países. Para isso, elas precisam ter ao menos 5 mil funcionários ou mais. E 40% deles precisam estar fora do país sede.
Sem essas regras, a empresa não entra na lista de estudo da GPTW. E tem mais alguns detalhes importantes. As empresas são listadas a partir de notas, sendo: 2/3 para “trust index” e 1/3 para “culture audit”. Isso nada mais é do que os critérios usados para pontuar.
E fora isso, a empresa ainda pode conseguir os chamados pontos extras. Nesse caso, eles acontecem com base em premiações em vários países, mais continentes envolvidos e maios representatividade dos funcionários.
Nem todas as empresas concorrem ao ranking
Na verdade, não. Além de cumprir os requisitos e as regras que acabamos de mencionar, saiba que é preciso que a empresa seja certificada pelo GPTW para participar da seleção do ranking de “Melhores Empresas para Trabalhar”.
Após ser certificada, ela tem 30 dias para enviar os documentos necessários que dizem respeito ao perfil da organização e das práticas culturais. Em um terceiro passo, os estudiosos e profissionais da GPTW fazem uma avaliação sobre a empresa, em cada item.
E por fim vem a premiação, que é uma seleção (ranking) das melhores organizações. Assim, essas empresas podem usar o Selo GPTW e partir do evento de premiação, que acontece todos os anos.
O que é analisado na pesquisa da GPTW
Lá em cima, a gente falou do “trust index” e agora vamos explicar melhor como ele funciona. Esse índice nada mais é do que a medição da qualidade do ambiente de trabalho da empresa. E como é que a GPTW faz isso? Falando com os funcionários dela.
A partir dos comentários dos funcionários, a GPTW confirma o que as empresas fazem, como se organizam, se é um bom lugar para trabalhar e como ela pode se tornar ainda melhor.
Depois vem o “culture audit”, que é uma parte mais focada em áreas e práticas da empresa. Por exemplo, se avalia a questão da responsabilidade, da governança, etc. E para rankings mais específicos, há detalhes como questionários aprofundados para cada tema.
Como se tornar uma empresa GPTW
Deixando de lado um pouco a parte teórica, na prática, o que será que uma empresa precisa fazer e ter para ser ranqueada nessas listas, como da GPTW? Conforme estudos e comentários de especialistas em Recursos Humanos, há sim algumas boas dicas.
Por exemplo, eles falam sobre “criar relações de confiança” em um movimento que é chamado de “ganha-ganha”. Ou seja, o funcionário tem que sentir que ele também está levando vantagem ao trabalhar bem e não apenas a empresa.
Há ainda de se atentar para “gestão e RH”, que devem atuar em conjunto, sendo que um se sinta mais importante do que o outro. E mais uma dica é sobre a “cultura da empresa”, que tem que ter aprimoramentos a cada ano, visando o bem-estar e satisfação de todos.
O preço dos planos GPTW
Vale mencionar aqui que para participar do ranking é preciso ser credenciado. E para isso é preciso pagar uma taxa, que pode variar entre o plano “basic” e o plano “pro”.
O valor é a partir de R$ 408 mensais para pequenas empresas e vai até R$ 1.658 no mês para as grandes. Isso dá direito ao selo de certificação por 12 meses e reconhecimento da marca em nível nacional.
Além disso, gera atratividade para talentos, participação em rankings, exposição da marca no site GPTW e acesso a loja de produtos da GPTW. No site oficial deles, você pode ficar sabendo sobre tudo referente aos planos.
Vale a pena?
É algo a ser considerado, pois trata-se de um ranking a nível internacional. Porém, podem existir outras instituições que façam o mesmo trabalho e que tenha planos mais interessantes. A solução é ficar de olho e avaliar cada serviço.
As melhores empresas para trabalhar em 2021
Conforme tudo o que falamos acima, considere que a GPTW já tem a lista das melhores empresas para trabalhar. E a gente não vai conseguir listar todas porque são muitos temas pesquisados, além de muitas empresas mencionadas.
Mas, para você não ficar sem entender, nós filtramos um tipo de resultado. Por exemplo, separamos o ano de 2021, a categoria de “temático” e o ranking de “mulher”. Já se a gente mudar para a categoria de “LGBTQ+”, aí aparecem novas empresas em primeiro lugar, como IBM Brasil, Bristol, Accor, EY, etc.
Assim, ainda tivemos o cuidado de separar apenas empresas de grande porte no ranking geral. Veja as primeiras:
- Mercado Livre;
- Dell Technologies;
- Johnson & Johnson;
- Banco Santander;
- Banco Bradesco;
- Baxter Hospitalar;
- Magazine Luiza;
- Accenture do Brasil;
- Cognizant Brasil;
- Itaú Unibanco.
Outros rankings de melhores empresas para trabalhar
Antes de terminar o texto, também é legal que você saiba que existem várias listas que são compostas como rankings no assunto de melhores empresas para trabalhar. O exemplo do GPTW é um dos melhores e a gente contou toda a história dele aqui nessa matéria.
Mas saiba que há outros. Por exemplo, o LinkedIn já fez uma listagem como essa nesse ano, em 2021. A lista ficou chamada de “Top Companies 2021” e traz instituições que se preocupam com o funcionário, ofertando cursos e benefícios, por exemplo. Veja parte do resultado:
- Itaú Unibanco;
- Basf;
- Banco Bradesco;
- Daimler AG;
- SAP;
- Sanofi;
- Banco Santander;
- Dell Technologies;
- CNH Industrial;
- The Kraft Heniz Company.
A pesquisa também considera avanço profissional, desenvolvimento de competências, estabilidade na empresa, oportunidades externas, afinidade com a empresa, diversidade de gênero e formação acadêmica. Podem participar empresas com mais de 500 funcionários.
Ranking de sites de anúncios de vagas de emprego
Além do LinkedIn, que atua como rede social profissional e também divulga vagas de emprego, há outros sites que são mais focados nesses anúncios. Um exemplo é o Indeed. E ele também tem a própria lista de melhores empresas para trabalhar.
A plataforma usa os comentários dos funcionários e ex-funcionários para gerar o resultado. Em 2021, ainda não se tem a resposta e o ranking. Porém, em 2020, a listagem começou com Bosch, Johnson & Johnson, Mondelez, Arcelor Mittal, Honda, Unimed, Nestlé e foi até Natura, Bayer e Samsung.