Saiba como é a vida trabalhando em uma plataforma de petróleo

Uma boa parte dos engenheiros que mais ganham dinheiro, com altos salários, está em alto-mar. É isso mesmo. Eles atuam em plataformas de petróleo e, pelo risco e função, acabam tendo bons salários. Várias séries de TV contam a história deles. 

Aliás, uma curiosidade que vale a pena mencionar aqui é que essas plataformas são chamadas de off-shore porque ficam no mar. Elas são usadas para perfuração e produção, como vamos explicar no próximo detalhe. Além de petróleo, elas podem extrair gás natural também. 

Foto: (reprodução/internet)

Olha só o que vai ler neste conteúdo:

  • Como funcionam as plataformas de petróleo;
  • Quais são as vantagens e desvantagens em trabalhar com petróleo;
  • Como funciona a escala;
  • Quais são os benefícios e salários;
  • Como encontrar vagas disponíveis.

As categorias de plataformas de petróleo

Pode parecer que esse ponto não é importante, mas é. Sendo assim, há duas categorias de plataformas, sendo a de perfuração e a de produção. E vamos falar disso de forma rápida e pouco detalhada, que é para você entender só que é necessário mesmo. Confira. 

Foto: (reprodução/internet)

Plataforma de perfuração atua na exploração e desenvolvimento do campo, onde poços são perfurados para a produção futura. Esses poços são feitos após os campos serem descobertos. É comum que tenham entre 20 e 30 poços em campos maiores. 

A plataforma de produção é uma estrutura que é desenhada para fazer a produção do petróleo. Agora, a curiosidade é que uma mesma plataforma pode ser usada para fazer a perfuração e depois a produção, como é o caso da fixa. Vamos entender os tipos delas. 

Os tipos de plataformas de petróleo

Falamos da plataforma fixa já. Ela serve para perfuração e produção. É fixa em estaca de aço no mar e só vale para águas rasas, com até 120 metros de profundidade. A autoelevável é parecida, só que com a facilidade de flutuar e se mover para outro lugar.

Tem também a semissubmersível, que é uma espécie melhorada de plataforma. Ela é mais focada em águas profundas. Ela é ancorada em até 2.000 metros de profundidade. Já a TLWP (Tension Leg Wellhead Platform) é precisa ao fundo do mar com cabos de aço.

É para até 1.000 metros de profundidade. A navio-sonda é dinâmica e chega a 3.500 metros. FPSO, Floating Production Storage Offloading, é um navio tanker para mais de 3.000 metros de profundidade. E tem a versão dele monocoluna, que é como um grande balde de água.

Quais são as desvantagens de trabalhar em plataformas off-shore

Do lado negativo, a gente tem alguns contras. Por exemplo, o risco de trabalhar em alto-mar é bem mais elevado do que se estivesse em terra, né. Além disso, atuar com líquidos ou gases combustíveis não é nada legal, hein. Tem transporte de helicóptero e tudo mais. 

Foto: (reprodução/internet)

Tem também a questão da distância, já que a comunicação com parentes fica mais complicada e voltar para casa pode levar horas ou dias. Assim, quase nunca dá para participar de eventos sociais. Aliás, o trabalho é em forma de confinamento, o que pode não agradar a todos.

Para quem tem problemas do tipo enjoos e tonturas, estar no mar pode ser bem ruim, ainda mais durante tempestades, né. É por isso tudo que vem a questão da segurança e da qualificação para esse tipo de trabalho, que você verá abaixo.

A qualificação para trabalhar nessas plataformas

Olhar apenas o salário pode ser um grande erro porque como vimos, apesar das vantagens, há também as desvantagens. Assim, é importante estar qualificado para o cargo, antes mesmo de tentar a vaga aberta para as plataformas de petróleo ou gás. 

Hoje em dia, quem contrata acaba exigindo ou oferecendo diversos cursos, com base nas funções que serão exercidas. Além do mais, todo mundo que vai trabalhar em plataformas off-shore precisam ter cursos como CBSP, HUET, NRs, etc. Ah, e se você não sabe, considere:

  • CBSP – Curso de Salvatagem
  • HUET – Curso focado em percursos variados, como com helicópteros
  • NR – são Cursos sobre várias Normas Regulamentadoras

Aliás, uma dica extra aqui é sempre listar corretamente esses cursos no seu currículo porque eles são avaliados pelas empresas que contratam. E várias empresas do ramo contratam pessoas a partir de currículos enviado online, então, vale a pena pensar nisso também. 

Há vagas para a indústria off-shore no Brasil?

Falando um pouco mais das vagas dentro dessa indústria, saiba que no Brasil estima-se que serão geradas até 500 mil novas vagas de emprego nos próximos 5 anos. Esse número interessante tem a ver com o fato de que mais empresas estão interessadas no assunto.

Foto: (reprodução/internet)

Por outro lado, como vimos, é um tipo de trabalho que não é simples de ser executado e tem algumas características que são únicas. Se você se interessou, seja pelo salário, que vamos falar logo mais, ou pelo trabalho como um todo, saiba que dá para encontrar vagas em sites que falam disso. 

Só que antes de prosseguir falando disso, vamos contar um pouco, de forma breve, sobre como é trabalhar nesses lugares, com base em relatos de pessoas que passaram por isso e contaram suas histórias na internet. Confira algumas curiosidades.

O dia a dia do trabalhador de plataformas off-shore

Eles contam que antes de iniciar o trabalho, todo mundo passa pelo treinamento de sobrevivência e emergência off-shore. O curso dura 3 dias e é focado nas condições perigosas que podem acontecer. Há passeio de helicóptero para se chegar na plataforma.

Depois, considere que as operações acontecem 24 horas por dia. Ou seja, ele é ininterrupto. O que muda no padrão é que alguns turnos permitem descansos noturnos, por exemplo. Há ainda quem fique de folga por semanas e trabalhe em outras semanas, assim por diante.

O que é importante notar, por conta disso, é que esses funcionários lotam as plataformas, sendo que são centenas deles no mesmo “ambiente”. Assim, o lugar se torna uma mistura de hotel-escritório e com banheiros compartilhados em cabines.

A jornada do trabalhador off-shore

Você pode ter ficado com dúvida sobre isso porque falamos muito dessa carga horária, mas sem explicar corretamente. O fato de uma plataforma funcionar 24 horas por dia não quer dizer que a pessoa vai trabalhar assim, sem parar. 

Foto: (reprodução/internet)

Porém, geralmente, é indicado uma escala que é de 14 x14. Como assim? São 14 dias trabalhando e 14 dicas em casa. E em um dia de trabalho, a pessoa terá 12 horas atuando e mais 12 horas para descansar. Por isso, o fator psicológico tem peso importante. 

Além do mais, o isolamento dos familiares e a não presença em eventos como Natal podem ser fatores decisivos para nem todos gostarem dessa vida marítima. Nas horas vagas, os profissionais costumam fazer treinamentos, reciclagens, simulações e esse tipo de coisa.

O lazer dentro de uma plataforma off-shore

Agora, além disso, conforme a sua rotina também será possível curtir um pouco de lazer. Porém, ele não é tão diversificado como estar em terra, claro. Dá para fazer academia e em alguns casos até mesmo nadar nas piscinas de lá.

Há ainda de se pensar em filmes, séries e livros. Há quem goste de se dedicar a questão religiosa, com a leitura de textos bíblicos, por exemplo. Outra coisa que é decisiva é a comunicação com as pessoas queridas por vídeo-chamada, por exemplo. 

E há até um trabalhador mais antigo que conta sobre isso. “A rotina mudou muito. A gente jogava carteado, totó, sinuca. Era angustiante saber da família. Hoje, dá para falar com parentes a qualquer hora do dia e as atividades são mais eletrônicas”. 

As vantagens de trabalhar em plataformas off-shore

Não tem como falar das vantagens desse tipo de trabalho sem mencionar aqui os altos salários, inclusive, já falamos disso no começo do texto. Os salários são mesmo elevados, ainda mais para cargos como de engenheiros. Há até empresas que pagam em dólar, acredita?

Foto: (reprodução/internet)

O fato é que quem fica embarcado em alto-mar, quando podem tirar férias, acabam tendo mais dias de descanso também. Geralmente, as folgas são em terra. Alguns acabam trabalhando por tempos seguidos que as férias duram vários meses. 

Outra vantagem é a chance de criar um plano de carreira com boas progressões, além das oportunidades fora do país. Isso porque muitas empresas têm extração de petróleo fora do Brasil, como na Arábia Saudita, China, Canadá, Rússia, Nigéria, Estados Unidos, etc. 

O salário de quem trabalha embarcado

Apesar de esse ser um ponto forte, considere que tudo vai depender da empresa e da função. Mas, para se ter uma ideia, um operador de plataforma de petróleo não ganha menos do que R$ 1,5 mil no mês, o que é uma média.

O valor parece baixo. Porém, pense em outros cargos, como de almoxarife off-shore. Nesse caso, ele recebe uma média maior, de R$ 2,8 mil no mês. Já um gerente, que é considerado um cargo de liderança, não vai ficar com menos do que R$ 30 mil no mês. 

As vagas disponíveis em plataformas de petróleo

Para quem se interessou pelo tema e pelas vagas, considere que em várias plataformas dá para encontrar oportunidades. O site Indeed é um deles. Ele cita vagas para cargos de gestor júnior, assistente de produção, almoxarife offshore, engenheiro de apoio e outras. 

Só para se ter uma ideia, a de almoxarife off-shore é em Vitória, ES, e na empresa Perbras. Entre os requisitos estão: curso de formação técnica, experiência na área e no sistema SAP-R3. Entre os direitos e benefícios tem vale alimentação, plano de saúde e odontológico e seguro de vida